23-07-2008 - Carmem Zanotto: Secretária defende SUS

A presidente do Conselho de Saúde da Secretaria de Saúde (SES), Carmem Zanotto, admitiu que há muito a se fazer na rede hospitalar. “Mas não podemos fechar a rede hospitalar do dia para noite para fazer as melhorias necessárias”, desabafou. Ela defendeu a manutenção do SUS e disse que um sistema como esse leva em média 40 anos para se fortalecer, enquanto o sistema brasileiro tem apenas 20 anos e serve de exemplo para outros países, pois não discrimina ninguém. “Não importa se o paciente é rico ou pobre, todos têm acesso”, emendou. Roberto Hess, também da SES, apresentou uma radiografia de como funciona o sistema hospitalar de Santa Catarina. Segundo ele, há uma distribuição homogênea dos hospitais classificados em vários portes, totalizando2.174 funcionários na área da Saúde. “A maioria dos hospitais, 159 deles, é de porte 1, ou seja, tem atendimento de uma complexidade muito baixa, bem como a taxa de ocupação, cerca de 24%, acarretando numa superlotação dos hospitais da Grande Florianópolis, que são de alta complexidade”, justficou Hess.
Para o presidente do Conselho Regional de Medicina de Santa Catarina (Cremesc), Anastácio Kotzias Neto, não houve esforço em prol do cidadão. “Se tivesse sido feito um planejamento de forma mais organizada, não teríamos por exemplo a situação do Hospital Florianópolis, que tem cerca de 70 pacientes à espera de atendimento na porta da instituição”, enfatizou. Para ele, essa situação é reflexo do fechamento da emergência do Hospital Regional.

Fonte: Jornal da AlESC - 23-07-2008


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