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Hospital aceita proposta do SIMESC de conversar com médicos sobre comportamento do diretor técnico

Dirigentes e assessores do SIMESC retornaram a Tubarão na quarta-feira, 15 de agosto, para tratar com a diretoria do Hospital Nossa Senhora da Conceição, sobre as graves acusações do diretor técnico da unidade de saúde, Cristiano Alexandre Ferreira, contra os integrantes do corpo clínico. O caso repercutiu na Câmara de Vereadores e na imprensa, abalando sobremaneira a relação entre os colegas de trabalho.

A diretoria da Associação Congregação de Santa Catarina, representada pelo diretor executivo em Santa Catarina, Juliano Petters e pela diretora do Hospital, Patrícia de Toledo, ouviu sobre o debate realizado com os médicos e, depois de vários argumentos, entendeu que o melhor encaminhamento é a sugestão do Sindicato: convidar os médicos do corpo clínico para conversar sobre o fato. O diretor técnico Cristiano, bem como o diretor clínico Ricardo Reis do Nascimento, também participaram do debate.

 “O pedido dos médicos reunidos conosco na semana passada foi pela saída do diretor técnico. E viemos para, em nome dos médicos, apresentar essa insatisfação. Ouvir todos os lados da história antes de tomar alguma decisão é o papel do Sindicato”, declara Cyro Soncini, presidente da Entidade.

De acordo com o vice-presidente do Sindicato, Leopoldo Back, a direção da unidade de saúde confirmou que Cristiano será mantido no cargo. “Somos uma interface de comunicação. Medidas mais contundentes não serão tomadas enquanto houver possibilidade de dialogar”, afirmou.

Para o tesoureiro geral do Sindicato, Flávio Luiz Vieira, "a direção do hospital faz bem em ouvir o que o outro lado tem a dizer sobre tudo o que ocorreu”, destacou.

“Se a avaliação é de que precisamos conversar mais e com o grupo amplo, vamos fazer”, destacou Juliano ao informar que houve uma conversa com o diretor técnico sobre as indisposições das declarações dele, e que estão sendo realizadas conversas com os médicos de cada especialidade separadamente para tratar também de questões internas de trabalho. “Foi um desabafo e não uma generalização. Estou tendo a oportunidade de conversar com os médicos sobre isso e estarei nessa reunião com os médicos”, confirmou Cristiano.

O médico Nelson Ubaldo Filho, delegado do Conselho Regional de Medicina (CRM), também participou da reunião e reforçou a sugestão do SIMESC. “Há uma sensação de insegurança pela falta de diálogo, agravada com as declarações do diretor técnico. Alguns médicos se sentiram ameaçados e nada melhor do que a conversa para buscar o entendimento”, destacou.

Médicos

Após a reunião no hospital, o SIMESC esteve reunido com representantes dos médicos do corpo clínico. O presidente Cyro Soncini abordou os principais pontos da reunião e frisou sobre os ajustes de gestão que estão sendo realizados, que não devem ser confundidos com retaliações.

Firme na postura de que o diretor técnico foi infeliz em suas declarações, Leopoldo Back orientou que os médicos precisam se organizar e participar dessa reunião com a diretoria do hospital, e que cada especialidade deve relatar seu descontentamento com o episódio. “É a chance deles saberem da versão de vocês da história. Até o momento eles sabem da versão do Cristiano. Vocês precisam ir lá e falar que querem a mudança de diretor técnico e justificar os motivos”, orientou.

O diretor de Saúde do Trabalhador, Odimar Pires Pacheco, comentou os médicos não podem aceitar acusações sem provas e nem ameaças de retaliações. “Se vocês forem em cinco para a reunião com a diretoria do hospital, a resposta estará dada e não haverá muito mais o que fazer. Vocês são a representação da vontade de manter o hospital funcionando e os principais atores para que a unidade melhore seu desempenho. Esse hospital tem uma história que atravessa gerações e esse episódio precisa ser superado. E o diálogo ainda é o melhor caminho”, orientou.

Os médicos se comprometeram em se organizar para mobilizar seus grupos de especialidades para participar da reunião, que ainda não tem data confirmada.

Os assessores Erial Lopes de Haro (advogado) e Carla Cavalheiro (jornalista), mais a funcionária Juliana da Silva,  também participaram das atividades em Tubarão.

 

 


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