Foram quase três horas de depoimento. Na saída da delegacia, Antônio Giovane Coelho da Silva, que administra a clínica de cirurgia plástica Traçus, em São José, disse que está cooperando com a polícia.
Ontem ele admitiu o que a Vigilância Sanitária trouxe num relatório com mais de 40 páginas.
- Eu ouso dizer que a clínica pode não estar 100% como exige o ordenamento, mas ela não está tão aquém assim. Os alvarás estavam sendo todos providenciados. Infelizmente o acontecido se adiantou, quero crer, em uma semana.
Há seis dias, uma paciente de Criciúma morreu após fazer uma lipoaspiração em uma sala da clínica, transformada em centro cirúrgico. O estabelecimento não possui alvará sanitário e os três profissionais que realizaram a operação, entre eles um médico, não fazem parte da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.
Depois da morte da dona de casa, surgiram mais duas pacientes que fizeram lipoaspiração na mesma clínica e tiveram complicações.
Em, no máximo, duas semanas, o Ministério Público deve receber o inquérito final com um parecer da polícia sobre a conduta de todos os profissionais da área médica que realizavam cirurgias dentro da clínica que foi interditada pela Vigilância Sanitária.
Fonte: Diário Catarinense - 12-08-2008