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Médicos apelam ao governador para contratação de recursos humanos para a saúde

Leia a íntegra do apelo ao governador AQUI
Confira parte do que a imprensa divulgou nos últimos dias sobre o assunto
AQUI.
O Sindicato dos Médicos do Estado de Santa Catarina (SIMESC) divulga em jornais de circulação estadual nesta quinta-feira (24/05) um apelo ao governador. No documento, cobra a contratação de recursos humanos para a saúde. O concurso público homologado em maio não será suficiente para suprir a carência de profissionais das unidades de saúde em diversas cidades do Estado.
“Se precisamos de 100 profissionais não adianta o governo contratar 10. Não será resolvido o problema, por exemplo, do hospital infantil Joana de Gusmão que tem 80 leitos fechados por falta de pessoal. A saúde precisa ser prioridade em Santa Catarina”, afirma o presidente do SIMESC, Cyro Soncini.
O hospital citado por Cyro é o retrato da situação caótica da saúde em Santa Catarina. “Quem precisa de atendimento na emergência do Infantil, que é referência no Estado chega a aguardar por três, quatro horas. O problema é causado pela falta de profissionais para atender na emergência. Em alguns períodos apenas um médico está de plantão”, comenta.
De acordo com o presidente do SIMESC, a situação do hospital infantil foi relatada em um documento assinado pelos profissionais que trabalham na unidade de saúde e entregue no início do mês ao secretário de Saúde, Dalmo Claro de Oliveira. “Até agora a única resposta que temos é de que as contratações serão realizadas em 30 dias. Porém, o concurso público não previu médicos para atender na emergência do infantil e sabemos que o que os diretores dos hospitais pediram para reforçar as equipes foi cortado na hora da realização do edital”, informa.
Cyro lembra que a falta de recursos humanos na saúde não é novidade. “Estamos cansados de ver na imprensa relatos de pacientes que esperam nas portas dos hospitais para serem atendidos. Participamos de reuniões com médicos em todo o Estado e ouvimos relatos graves dos problemas de atendimento. O médico quer e até tenta trabalhar. A população tenta ser atendida. Temos que acabar com esse descaso e fazer o governador colocar em prática seu slogan de campanha: ‘as pessoas em primeiro lugar’”.
Balanço de atendimentos
De acordo com levantamento realizado por médicos da emergência do hospital infantil Joana de Gusmão, o número de pacientes atendidos nos últimos 30 dias na emergência foi de 6.561, o que dá uma média de mais de 215 pacientes por dia e mais de nove pacientes por hora. “É possível realizar atendimento de qualidade desse jeito?”, indaga o Tesoureiro do Sindicato dos Médicos, Leopoldo Back.
O médico lembra que o hospital Infantil está sendo usado como base, mas a situação é grave e preocupante em outros hospitais de Santa Catarina. “Não adianta ter uma super estrutura, equipamentos modernos se não tiver quem faça isso tudo funcionar. Profissionais qualificados são imprescindíveis para um atendimento de qualidade e eficiente”, afirma Back. “Quem está nos hospitais, e nós médicos estamos na lida diária, sabe dessas questões que expõem a competência profissionais da saúde e a população catarinense”, conclui.

 


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