Uma comitiva do SIMESC esteve nesta quinta-feira (05/03) em Araranguá para ouvir as demandas dos médicos da região. A maioria dos profissionais que participou do encontro atua no hospital Regional Araranguá e está insatisfeita com a forma de contratação.
Os médicos relataram que por decisão do Instituto Maria Schmitt (IMAS), administrador do hospital, precisaram integrar uma cooperativa para poderem continuar prestando serviços à unidade de saúde, mas que as informações não tem sido transparentes.
O presidente do SIMESC, Cyro Soncini, sugeriu que o Sindicato analise detalhadamente toda a documentação disponível (contratos, estatuto da cooperativa) para posteriormente discutir os encaminhamentos. “É preciso analisar por completo toda a situação para que possamos saber o passo certo a ser dado”, comentou.
“Infelizmente a ‘Pjotização’ é uma realidade do médico hoje no Brasil. Vamos nos empenhar para fazer com que os médicos de Araranguá tenham o menor dano possível”, acrescentou o vice-presidente, Leopoldo Back.
Justiça
O assessor jurídico trabalhista do SIMESC, Ismael de Carvalho, informou que o SIMESC protocolou Mandado de Segurança buscando impedir a realização de Tomada de Preços ou a contratação de empresa de prestação de serviços médicos pelo IMAS e que aguarda decisão judicial.
Ele também atualizou os médicos sobre as ações envolvendo Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina (SPDM) e Instituto de Desenvolvimento, Ensino e Assistência à Saúde (IDEAS), que geriram o hospital Regional Araranguá.
“Tivemos ganho na ação coletiva que cobre as verbas rescisórias da SPDM, mas o processo está em recurso no Tribunal Superior do Trabalho”, explicou.
Sobre o SAMU o advogado informou que houve decisão favorável aos médicos e o processo está em recurso no Tribunal Regional do Trabalho. “Aguardamos julgamento para iniciar a execução provisória”.
Regional
Os diretores do SIMESC Regional Araranguá Jair Paulo Schuh (presidente), Alexandre Duarte Godoi (tesoureiro) e Silvio Rogerio Caldas (diretor de Apoio ao Graduando em Medicina) estiveram presentes na reunião e acompanham atentamente o caso.
“Não adianta apenas reclamar, temos que tirar as dúvidas e buscar solução com quem pode auxiliar, o SIMESC. Vamos nos unir e juntos tentar mudar essa situação”, comentou o presidente regional.
Também integraram a comitiva: Vanessa Lisboa (advogada), Camila Spolti (jornalista) e Jean Proêncio (funcionário).