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3º Congresso da FMB é realizado em Recife

O primeiro dia do 3º Congresso da Federação Médica Brasileira (FMB), em 4 de novembro, no Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe), em Recife, foi marcado pela discussão dos trabalhos realizados pelos sindicatos de base da Entidade e sindicatos convidados.

Ao abrir o Congresso a vice – presidente da FMB e diretoria do Sindicato dos Médicos de Tocantins, Janice Painkow, agradeceu a receptividade do Simepe e destacou a representatividade médica feminina da Federação. “Agradeço a acolhida do Simepe na realização do evento e aos colegas pela presença. Tenho muito orgulho de estar entre as mulheres que fazem parte desta Entidade que tem uma essência feminina, pois nasceu de uma reunião com nove mulheres e um homem que propuseram a resistência pelos encaminhamentos que o movimento sindical nacional vinha tomando. A FMB surgiu pela vontade política que tínhamos de defender os médicos”, ressaltou.

“É uma satisfação sediar esse encontro e poder conversar com pessoas que há tempo não víamos e reforçar a importância da união da representatividade nacional.  Aqui temos dirigentes que fazem parte de uma história muito bonita e não podemos deixar jamais que ela se apague a longo do tempo e sim que seja multiplicada e cresça com novas lideranças”, acrescentou a presidente do Simepe, Cláudia Beatriz Andrade.

Sindicatos atuantes

Sob o comando do Secretário Geral da FMB e diretor do Sindicato dos Médicos do Pará, Wilson Machado, os dirigentes presentes tiveram espaço para compartilhar suas experiências e ações.

O conselheiro fiscal da FMB e presidente do Sindicato dos Médicos de Alagoas, Marcos de Holanda, comentou que a principal luta na sua região é pela implantação do Plano de Cargo, Carreira e Remuneração (PCCR) para os médicos municipais. Também ressaltou a importância do médico na representação política. “A nossa categoria se tornaria mais forte se tivesse representação com parlamentares desde vereador até deputados eleitos realmente pela classe e com linha de atuação pelos médicos e pela saúde”.

O presidente do Sindicato dos Médicos do Acre, Guilherme Pulici, compartilhou que os médicos do Estado recentemente deflagraram greve em prol de pagamentos de gratificações, aprovação do PCCR e o lançamento do concurso público.” Estamos em busca do cumprimento do compromisso assumindo pela Secretaria Estadual e em paralelo vamos iniciar um movimento pelos médicos municipais que pleiteiam ajuste na carga horária e incorporação de gratificações no salário base”.

O PCCS também é uma demanda do Sindicato dos Médicos do Ceará, lembrada pelo presidente Leonardo Alcântara.

Segundo o presidente do Sindicato dos Médicos do Amazonas, Mario Viana, a principal demanda em seu Estado é a busca pela recomposição salarial defasada há anos.  “Outro desafio é fazer o médico entender que o Sindicato é o instrumento para buscar os seus direitos e a necessidade de ser filiado”.

Representando o Sindicato dos Médicos de Minas Gerais, o presidente Jordani Campos Machado, defendeu a importância dos sindicatos serem apartidários e da formação de uma Federação forte para atender as demandas que a categoria necessita.

Com 90 anos de história, o Sindicato dos Médicos de Pernambuco foi apresentado pela presidente Cláudia Beatriz. A Entidade representa 25 mil médicos ativos e oferece serviços como plano de saúde da Unimed com valores mais acessíveis, rede de descontos em serviços, consultoria financeira gratuita e assessorias jurídica e contábil.

A presidente compartilhou que a Entidade tem investido na comunicação para que a mensagem chegue aos médicos por todos os meios disponíveis. Salientou o lançamento do projeto Quebre o Silêncio – questionário disponibilizado no site da Entidade para coletar os principais gatilhos que levam os médicos a cometerem suicídio e a partir disso buscar ações para reduzir as estatísticas. “Em 2018 a estatística foi de 1,4 médicos que tiraram a própria vida em nosso Estado e com a pandemia temos ciência que os números se agravaram. Coletaremos os dados por um ano e depois elaboraremos ações para reverter “, citou Cláudia.

O diretor do Sindicato dos Médicos do Pará, Waldir Araújo Cardoso, dividiu com os participantes a alteração no estatuto do Sindicato em que permite que os estudantes possam se associar sem custo, mas com o mesmo direito dos médicos, e integrar à diretoria.” Essa experiência em trazer os estudantes para a diretoria tem sido muito positiva. Eles se sentem empoderados e propagam a mensagem da Entidade. Estamos cada vez mais avançando na aproximação.

Waldir também falou sobre o novo projeto chamado Gestão na Mão em que o médico pode acessar as informações do Sindicato e fazer o pagamento direto pelo smartphone. “A ideia é que agora o acesso ao jurídico também seja realizado direto pelo aplicativo”.

Representando a nova diretoria do Sindicato dos Médicos do Rio Grande do Sul, Fernando Uberti Machado, comentou sobre o desafio e objetivo da nova gestão de resgatar a credibilidade da Entidade que conta hoje com 15 mil sócios. Entre as ações está a aliança com entidades fortes, incluindo as nacionais.

O conselheiro fiscal da FMB e presidente do Sindicato dos Médicos do Tocantins, Reginaldo Abdalla Rosa, compartilhou que o benefício do plano de saúde trouxe de 20 a 30% de novos associados para o Sindicato, além das atividades da assessoria jurídica que é o grande condutor da Entidade

Avaliação

“Os cases que são apresentados aqui são de um valor extraordinário. Aprendemos com cada apresentação que sempre podemos fazer mais e com a perda do combustível que era a contribuição sindical, precisamos ir além da defesa do trabalho médico”, ressaltou o secretário Wilson.

“Diversas pautas nacionais hoje foram desenhadas e precisamos ter em mente que a construção é coletiva e que precisamos nos auxiliar. Não pode ter sindicatos fortes como temos e não fazer parte de movimento que a gente acredita”, disse o secretário do Simepe e vereador Tadeu Calheiros.

Amazonas integra FMB

Durante o Congresso, o Sindicato dos Médicos do Amazonas entregou um ofício em que solicita filiação à FMB. Com isso a Federação passa a ser integrada por 15 sindicatos brasileiros.

 “A FMB tem uma visão democrática que abre espaço para todas as linhas de pensamento e que tem como objetivo maior defender e proteger o trabalho médico e queremos fazer parte disso”, destacou o presidente do Sindicato, Mario Viana.

Núcleo

No período da manhã dirigentes do núcleo reuniram-se para alinhar situações internas da FMB. Também houve reunião do Conselho Fiscal.

O 3º Congresso da Federação Médica Brasileira será realizado até o dia 5 de novembro.


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