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“Nossa proposta é de não pejotização”, garante diretor geral do SAMU

A reunião on-line organizada pelo SIMESC para tratar sobre as questões do SAMU no Estado, realizada na noite de quinta-feira, 3 de fevereiro, teve como destaque, a apresentação de parte das metas da nova diretoria do serviço. Enquanto aguarda a finalização do processo para confirmar quem assumirá o SAMU em Santa Catarina, a Fahece é quem está à frente das atividades. “O SAMU é muito importante para a sociedade. É um serviço que revolucionou a medicina e o atendimento e assistência à população”, destaca o diretor geral do SAMU, Guilherme Genovez.

Sobre escalas de trabalho e contratações, Genovez explicou que será elaborado um plano de cargos e salários. “A proposta da Fahece é carteira assinada com benefícios e não inclui pejotização. Vamos escrever um projeto para o Estado, com um olhar da Fahece de como o SAMU deve ser administrado para evitar o que aconteceu recentemente. Vamos estabelecer processo seletivo para contratar novos profissionais, organizar as escalas de trabalho e o salário não vai poder descolar muito do que é pago aos profissionais do Estado. Vamos avaliar o que ficou para trás no que diz respeito a reajustes”, disse o diretor.

De acordo com o diretor, foram realizadas vistorias nos serviços em todo o estado. “As visitas são preocupantes. Os alojamentos são absurdos, falta dignidade. É uma situação fora do nosso jeito Fahece de trabalhar”, acrescentou. Genovez comentou também que a precariedade das ambulâncias forçou uma revisão imediata. “A maioria dos carros estavam com dois, três mil quilômetros a mais do prazo para a troca de óleo. Sem contar a situação dos pneus. Uma situação que estava colocando em risco a vida dos profissionais”.

Carla Pires, gerente técnica do SAMU, relatou que tem realizado contato com os gerentes regionais para conhecer as dificuldades, que também constam de relatório de vistoria do CRM/SC. “Precisamos conhecer a realidade. A meta inicial foi conhecer a equipe que luta tanto. Estavam todos muito desmotivados. Foram muitos problemas de urgência a serem resolvidos para o SAMU não parar. O que vamos fazer nesse período é algo que vai gerar frutos seja para a Fahece continuar ou para outra empresa assumir o SAMU”, apontou.

Para o presidente do SIMESC, Cyro Soncini, há um esforço para consertar a situação desfavorável aos médicos identificada nos últimos anos. “O SIMESC buscou de todas as formas contribuir e apoiar os médicos. Por muitas vezes, esbarrou na empresa e noutras, na Justiça, que nem sempre age na velocidade que precisamos. Vamos manter a conversa com a nova direção do SAMU porque tem muitas questões a serem revistas para que o serviço reflita a excelência dos profissionais que a ele se dedicam”.

De acordo com o presidente da Regional Extremo Oeste do SIMESC, Antônio Marcos Duarte, que atua no SAMU há quase 20 anos, o desejo é que o pregão se resolva, seja confirmado quem vai gerenciar o SAMU. “Esperamos que não haja nova ruptura. Falta estrutura para trabalhar a ponto de em alguns lugares, os profissionais terem que ficar somente na ambulância durante todo o plantão”, disse.

Ações em andamento

O vice-presidente do SIMESC, Marcelo Rogelin, comentou que o SIMESC tem conquistado vitórias em relação aos direitos dos médicos que não foram cumpridos nos últimos anos. “Dos 360 médicos que têm direito a receber a indenização pelo atraso de 15 dias do pagamento do 13º salário em 2019, apenas 130 entraram em contato com o SIMESC. É uma decisão judicial que precisamos realizar o pagamento”, orientou.

O assessor jurídico trabalhista, Ismael Carvalho, explicou sobre a ação patrocinada no final do ano passado para os médicos filiados para garantir o pagamento da segunda parcela do 13º salário. “Todas as dúvidas em relação às ações trabalhistas podem ser esclarecidas conosco. Faça contato com o SIMESC, apresente a sua situação, que vamos saber avaliar sua situação”.

Os contatos do SIMESC são 0800 644 1060 e simesc@simesc.org.br


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