#

SIMESC intensifica diálogo com residentes do HU/UFSC e alerta: a defesa começa antes da denúncia

Em um encontro com os médicos residentes do Hospital Universitário de Florianópolis, o SIMESC promoveu um diálogo direto sobre riscos, responsabilidades e proteção jurídica na carreira médica. A conversa foi conduzida pelo presidente Vanio Lisboa e pelos diretores Fábio Schneider, Khalil Zardeh e Odi Oleiniscki, com apoio das assessorias jurídica e de comunicação.

Durante a reunião, os residentes ouviram relatos reais vividos por dirigentes do SIMESC no início da carreira. Muitos, por falta de orientação, enfrentaram processos éticos, civis, administrativos e até criminais decorrentes de plantões rotineiros. "A medicina é uma das profissões mais belas e está entre as mais judicializadas do país", afirmou o assessor jurídico Rodrigo Machado Leal. "E o médico novo, infelizmente, só percebe isso quando já é tarde demais”, completou.

O SIMESC apresentou sua estrutura de defesa: mais de 50 advogados espalhados pelo Estado, plantão jurídico 24h e atuação nacional. “Em até duas horas, o médico filiado tem um advogado ao seu lado, em qualquer ponto do Estado. Essa é a diferença entre ter respaldo e estar sozinho", reforçou Vanio.

Com 70 denúncias por dia no CRM-SC e cerca de 3 mil processos acompanhados, o alerta é claro: “O médico precisa estar preparado para responder. E quanto mais cedo essa preparação começar, melhor será sua defesa — inclusive emocional”, destacou Khalil.

A comunicação foi outro ponto abordado. “A gente não pode mudar a regra do jogo, mas pode ensinar como jogar com segurança”, apontou o assessor Rubens Flôres, ao explicar o papel do sindicato na orientação sobre publicidade médica.

O assessor previdenciário Tiago Pawlick reforçou a importância de planejamento desde já. "A residência médica conta como tempo especial. Mas se vocês não guardarem provas esse tempo será perdido", lembrou.

Também foi debatido o seguro de responsabilidade civil profissional. “Hoje, o SIMESC tem convênios com seguradoras que oferecem planos personalizados e com coberturas silenciosas, ou seja, que não aparecem nos autos do processo — e isso faz toda a diferença no resultado final", explicou Fábio.

Por fim, a diretoria lembrou que o SIMESC é mais do que suporte jurídico. “O SIMESC é coletivo. É presença nas negociações com o governo, é luta por salários justos, é valorização dos médicos residentes”, afirmou Odi.

"Residente também é médico. E médico não pode caminhar sozinho. Se filiar ao SIMESC é, acima de tudo, fazer parte de uma entidade que sabe o que está fazendo, que luta por você, e que está onde você estiver", concluiu Vanio.


  •