A chamada contratação PJ, em que se tenta mascarar o vínculo empregatício por meio de pessoa jurídica, é uma fraude que prejudica tanto o médico quanto quem o contrata.
O médico, por ser considerado hipersuficiente, corre o risco de não ter reconhecido o vínculo trabalhista, mesmo diante de uma relação de subordinação e pessoalidade. Na prática, ele assume responsabilidades e riscos sem a devida proteção — o que pode gerar passivos jurídicos, desgaste emocional e perda de qualidade de vida.
Para a empresa, o risco também é alto. Ao contratar médicos como pessoas jurídicas, mas exigir presença, cumprimento de horários e obediência hierárquica, cria-se um cenário típico de vínculo empregatício disfarçado, o que pode resultar em ações trabalhistas e autuações severas.
Ninguém ganha com esse tipo de arranjo. Segurança jurídica e qualidade de vida caminham juntas — e ambas começam com relações de trabalho transparentes e legítimas.