Representantes do SIMESC realizaram, na noite de 26 de novembro, uma reunião com os médicos reguladores do SAMU para tratar da possível transição da gestão do serviço para a FAHECE. O encontro teve como objetivo esclarecer dúvidas, ouvir as preocupações da categoria e alinhar encaminhamentos diante do cenário que se desenha. Também participaram da reunião o superintendente de Urgência e Emergência da Secretaria de Estado da Saúde, Marcos Antônio Fonseca, e o Diretor Técnico de Urgência e Emergência Alfredo Schmidt, que contribuíram com informações técnicas e responderam a questionamentos dos profissionais.
Em sua fala, Alfredo relembrou o histórico de transições vividas pelo SAMU e destacou que, embora todo processo de mudança seja delicado, esta nova fase pode trazer melhorias práticas e estruturais. Ele afirmou que “a facilitação operacional é o que mais se evidencia. A partir do momento em que a gestão passa a uma Organização Social, há recomposição mais rápida de equipes, substituições imediatas e melhoria na qualidade do trabalho”.
O superintendente Marcos Fonseca ressaltou a importância do diálogo aberto com os médicos e detalhou a situação contratual que exige definição imediata sobre o futuro dos profissionais. “Herdamos um contrato emergencial firmado em 31 de dezembro de 2022, que vence agora, e precisamos dar uma resposta concreta aos profissionais. A regulação médica não funciona sem médico na bancada. Estamos trabalhando para estruturar essa transição da forma mais responsável possível”. Marcos destacou ainda que o governo tem atuado em conjunto com a Secretaria de Estado da Saúde, os coordenadores das centrais e a equipe técnica para ajustar o termo aditivo e assegurar a continuidade do serviço sem prejuízo à assistência.
O presidente do SIMESC, Vanio Lisboa, destacou a necessidade de que a entidade seja incluída formalmente nas negociações entre a Secretaria de Saúde e a FAHECE. “Agradecemos a disponibilidade dos representantes da SES em participar desta conversa. Acreditamos que essa transição deve ser conduzida com diálogo, transparência e profundo respeito aos médicos reguladores, que sustentam o serviço e merecem total clareza sobre seu futuro e por isso solicitaremos a participação do Sindicato nas tratativas”.
“Reconhecemos que existem aspectos positivos na proposta de mudança, mas muito nos preocupa a eventual redução na remuneração dos médicos, com consequente descontinuidade nas escalas de trabalho, entenda-se prejuízos na assistência à população”, acrescentou Cyro Soncini.
Os médicos presentes fizeram vários questionamentos, respondidos pelos gestores da SES e pelos advogados do SIMESC Alberto Gonçalves Junior e Erial Lopes de Haro. Eles esclareceram aspectos jurídicos relacionados aos contratos, à vinculação trabalhista e aos possíveis cenários decorrentes da transição.
Veja o ofício encaminhado à SES AQUI.
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