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Advogado do SIMESC alerta sobre prontuário médico e judicialização da medicina

Médicos de Brusque e outras regiões do Estado participaram na noite desta quinta-feira (26/02) de palestra on-line promovida pelo Sindicato dos Médicos de Santa Catarina (SIMESC) Regional Brusque e Associação Brusquense de Medicina (ABM). O Assessor Jurídico do SIMESC com quase 20 anos de atuação na defesa médica, Erial Lopes de Haro, falou sobre a importância do prontuário médico e sobre a judicialização da medicina.

Erial chamou atenção para o aumento de processos contra médicos – 1.600% nos últimos 10 anos, e destacou que atualmente 17% dos médicos brasileiros são processados. “Além da justiça comum, também houve aumento de 300% de processos nos Conselhos Regionais de Medicina e neste caso aproximadamente 60% dos profissionais são condenados, o que é muito relevante”, salientou.

O advogado orientou que a profilaxia é indispensável para evitar transtornos e que algumas medidas também asseguram uma melhor defesa caso o profissional venha a ser processado.  Entre elas o termo de consentimento informado que sempre precisa apresentado, assim como o preenchimento correto do prontuário, uma boa relação médico-paciente e a contratação do seguro de responsabilidade civil.

Sobre o prontuário médico, o assessor jurídico ressaltou que precisa ser preenchido todas as vezes que o paciente for atendido, inclusive consultas online. O documento precisa ter letra legível e constar todas as informações sobre o atendimento. “Encontre tempo! Além de necessário para a boa condução clínica do paciente, o prontuário é fundamental para uma eventual defesa”, destacou.

 

Avaliação

 

Para o presidente do SIMESC Regional Brusque, Laércio Cadore, a palestra atendeu as expectativas e é um alerta a todos os médicos que muitas vezes não se atentam para este assunto.

O presidente da ABM, Gustavo Gumz, acrescentou:"O médico pode ser bom tecnicamente, mas se ele não olhar nos olhos e não tratar o paciente com atenção de nada adianta e qualquer coisa vai virar processo. Precisamos entender que a profilaxia é importante não só contra processos, mas também contra condenações”.

Assista a palestra na íntegra AQUI.


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