O Hospital Santa Inês, em Balneário Camboriú, no Litoral Centro-Norte, que atende pelo Sistema Único de Saúde (SUS), ficará fechado pelos próximos 10 dias, no mínimo. Após o terceiro deslizamento de terra nos fundos da unidade em uma semana, a Defesa Civil do Estado interditou por completo o prédio, tomado por lama e pedras na noite de domingo.
Apenas a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) neonatal continuará funcionando até a alta dos oito recém-nascidos internados.
A prefeitura e o corpo clínico do hospital montaram um Pronto-Atendimento 24 horas na Unidade de Saúde Central, na Rua 1500. De acordo com Heroni Foresti, interventor do município para o hospital, a unidade 24 horas terá dois médicos de plantão e uma UTI móvel à disposição, e atenderá só moradores de Balneário Camboriú.
– Atenderemos casos ambulatoriais e até os mais graves de urgência e emergência. Os que demandarem internação serão encaminhados de ambulância, após o atendimento emergencial, para hospitais da região – explicou o interventor.
Foresti relatou que, no prédio do Santa Inês, apenas procedimentos de limpeza podem ser realizados no momento. Desde domingo, 32 pacientes de internação em quartos e oito de UTI foram transferidos para hospitais do Vale do Itajaí. A lama e a água que desceram do morro invadiram todas as alas, com exceção da UTI neonatal. O hospital perdeu parte do enxoval, colchões, remédios e equipamentos de uso médico. O prejuízo passa de R$ 400 mil.
O prefeito de Balneário Camboriú, Edson Renato Dias, declarou ontem que a unidade teve as estruturas de sustentação abalada pelos sucessivos deslizamentos de terra. Dias disse que o governo do Estado repassará recursos. Estão previstos repasses da ordem de R$ 1 milhão.
Fonte: Diário Catarinense - 10-03-2009